ATENÇÃO: faça aqui o pré-save da nova música da Schlop. São dois cliques e leva só alguns segundos.
Eu virei a noite no trabalho pensando que essa é a pior forma que uma pessoa pode passar um sábado à noite em São Paulo. Foi quando o carro virou na marginal Tietê e vi uma multidão disputando uma corrida a pé que não vale nada. A possibilidade grande é que eles tenham pagado caro para acordar 5h da manhã, ganhar uma camiseta e correr num frio de 13 graus entre um rio muito poluído e fedido de um lado e alguns dos prédios mais feios da cidade do outro. Deu até um quentinho no coração.


As casas que separaram Frida e Diego (e a ponte que os unia)
Não sei por que eu acordei lembrando da casa na Cidade do México onde Frida Kahlo e Diego Rivera moravam em edificações separadas unidas por uma ponte.
O imóvel foi desenhado pelo arquiteto Juan O'Gorman com um ideal minimalista socialista de aproveitamento de espaços e baixo custo, mas, para mim, ela carrega um individualismo intrínseco ao guardar o espaço de cada um.
Eles se mudaram para lá em 1934 depois de viverem por 3 anos nos Estados Unidos. Não sei se a separação física foi uma tentativa de criar uma saudade, de resgatar o relacionamento desgastado (antes eles viviam na Casa Azul, propriedade do pai da Frida que também recebeu Trótski e a esposa Natália por uma curta temporada (foi ali também que Trótski e Frida iniciaram um romance)), mas em 1940 eles se divorciaram. No mesmo ano, eles se casaram de novo, mas Frida seguiu morando na Casa Azul, onde recebia cuidados especiais para sua frágil saúde.
Frida morou pouco tempo nessa casa cheia de significados ocultos, mas foi tempo suficiente para produzir obras importantes, como “Lo que el agua me dio”.




Abaixo uma explicação (em espanhol) dos simbolismos do quadro.
Até a semana que vem.