Para quem procurou informações e não encontrou, Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e mais 10 ativistas seguem sob custódia de Israel após o veleiro com ajuda humanitária onde eles estavam ser interceptado em águas internacionais. Eles devem ser processados por entrar ilegalmente em Israel (o que é, no mínimo, curioso, já que eles foram detidos antes de entrar em qualquer lugar) e deportados.
Os governos do Brasil e da França pediram a libertação imediata dos ativistas, e milhares de pessoas foram às ruas de Paris em protesto contra a guerra em Gaza.
Porque tem muita gente que ainda fica em dúvida em que lado ficar em um conflito entre um grupo desarmado com comida e remédio e um exército armado, vou contar a história dos riot dogs, ou cães baderneiros (como a imprensa brasileira traduziria carinhosamente, risos).
Aparentemente, toda vez que um cachorro vê um confronto, ele toma partido. Dois doguinhos ficaram muito famosos por latir para policiais que reprimiam manifestantes na Grécia e no Chile.
Um vira-lata caramelo foi apelidado pelos manifestantes gregos de Loukanikos (salsicha em português) durante os atos contra medidas de austeridade impostas pelo FMI e a União Europeia na década de 2000. Se tinha um protesto, lá estava o Loukanikos para latir e complicar a vida dos policiais. Ele já morreu, mas ainda é lembrado e virou um mural em Atenas.
Alguns anos mais tarde foi a vez de um vira-lata preto ser protagonista nas manifestações encabeçadas por estudantes universitários e de segundo grau no Chile. A insatisfação tinha como pano de fundo o alto endividamento dos estudantes que se viam obrigados a frequentar colégios e universidades particulares. Durante a ditadura de Augusto Pinochet, o ensino foi em sua maioria passado para a iniciativa privada.
O cachorrinho chileno ganhou um apelido menos fofo que o seu colega grego. Matapacos (ou Mata-policiais em português), mas na prática ele tinha o mesmo tipo de atuação: latir para autoridades que tentavam reprimir as manifestações.
Matapacos tinha como marca um lenço vermelho amarrado no pescoço e virou estátua.
Cara, você tem que ouvir isso
A Schlop comemora o aniversário da sua guitarrista, Lucia Esteves, e toca nA Porta Maldita na sexta-feira 13. Será um arraial com direito a bingo, pescaria, paçoca e tal. É o último show deles antes de tocar no Rio. Sim, vai ter isso.
A Julia Ro lançou recentemente o disco “Happy sad angry calm”. Eu já tinha falado do primeiro single dela, “I don’t want to talk about it” aqui. Eu ainda preciso ouvir o álbum mais algumas vezes, mas já gostei muito das músicas “I already grew up” e “I can’t dance”. O show de estreia vai ser no dia 3 de julho.
Que a sua semana seja mais satisfatória que o lambeijo de um cachorro fiel.