Tudo começou com esta fitinha cassete
Álbum Canções de amor para o fim do mundo, da Schlop, completa 1 ano
Na semana passada o álbum Canções de amor para o fim do mundo, da Schlop, completou um ano e tudo começou com esta fitinha cassete aí de cima. Eu já estava saindo com a Isabella e algum tempo depois de conversarmos sobre os três Nicks (Drake, Cave e Cage), ela me entregou esta fita. Ela me disse que era a primeira música que ela tinha feito na vida.
No dia seguinte, eu saí atrás de arrumar alguém que tivesse um toca-fitas funcionando. Finalmente, meu amigo Felipe Resk me deu a chave da casa dele e prometeu que eu estaria sozinho. Foi isso que eu ouvi quando eu apertei o play:
Eu escutei mais umas três vezes antes de colocar meu celular perto da caixa de som e gravar pra mostrar pra todo mundo. Desde então tudo o que eu faço é mostrar essa e as outras músicas dela pra quem quiser ouvir.
Aqui a Isabella conta a versão dela:
Nós começamos a namorar algum tempo depois e ela se tornou uma compositora prolífica. De lá pra cá, ela já fez música sobre Adam Sandler, São Paulo e o fim do mundo. Algumas dessas canções viraram o disco lançado em outubro do ano passado.
Falando em músicas da Schlop, finalmente saiu o hino ambientalista Julia Butterfly. Eu já contei a história dela aqui. Ouça:
E tem mais um show da Schlop nesta quinta, no Fffront e outro no dia 9 de novembro, no Porta, como parte do projeto Inferninho trabalho sujo, do jornalista Alexandre Matias. Eu estarei por lá.
Cara, você tem que ouvir isso
Eu já falei sobre a Miragem aqui e recentemente eles lançaram o primeiro álbum, Muitos caminhos prum lindo delírio. É difícil explicar porque é uma coisa que parece Rita Lee, Guilherme Arantes, Xuxa e rock pesado tudo junto. Tem que ouvir.
A Isabella começou a tocar bateria para uma banda chamada mevoi. Eu conheci eles uns 15 dias atrás quando eles tocaram junto com a Schlop nA Porta Maldita. É muito legal.
Pra fechar as dicas de música, algumas gringas. A Sharon Van Etten montou uma banda, a The Attachment Theory, e soltou o primeiro single. A Porridge Radio também tem um álbum novo, Clouds in the sky they will always be there for me. Parece uma exaltação do paulistano pra fumaça inalada diariamente dizendo “estou ciente e quero continuar”. Não é. Por último, a Anna McClellan tá com um disco novo, Electric bouquet, que é pura tristeza com guitarrinhas e piano. Nada melhor pra essa segunda-feira. Você pode encontrar todas no seu serviço de streaming preferido.
São Paulo, te amo, mas tá foda demais
Essa newsletter não é sobre política institucional, é um assunto que eu jamais vou querer discutir aqui, mas a ressaca eleitoral tá forte. O duro é aguentar “analista político” dizendo que a esquerda precisa se reinventar quando as armas da direita são orçamento secreto, fake news e discurso da quinta série. O nosso vereador mais votado tem como principal plataforma proibir mulheres trans de usar o banheiro feminino. Imagina ter como legado proibir que pessoas que se identificam como mulher acessem o banheiro feminino. É triste, um triste ruim, mas vai passar. A cidade não é deles, o país não é deles.
Pelo menos poderemos cantar esse hino por mais quatro anos. São Paulo, te amo, mas tá foda demais.
E, parafraseando David Berman, se ficar muito muito mal, procure um cachorro de apoio emocional. Deixo aqui um pequeno vídeo do Marco Antônio rolando para deixar sua segunda menos braba. Força.
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